sexta-feira, 28 de março de 2008

NO NORDESTE, UM QUINTO DA POPULAÇÃO AINDA NÃO LÊ


O blog compartilha essa interessante matéria publicada hoje, 28 de março, na edição on-line da "Folha de São Paulo".

Boa leitura e uma sugestão:

-Analisar os dados da matéria e compará-los com as referências que publicamos em ouitro artigo que redigimos esta semana, no dia 24 de março, publicada aqui no blog, intitulada "Educação:As razões do atraso".


Bruno Aragaki
Da redação

O Brasil das letras ainda é o das disparidades: apesar de a média nacional de alfabetização ter chegado, em 2006, a 90,4%, apenas 81,1% dos nordestinos são alfabetizados, segundo dados da Pnad 2006 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

A situação é um pouco melhor do que em 2005, quando o índice de alfabetização era de 80% no Nordeste. Em segundo lugar na lista das regiões menos alfabetizadas vem o Norte, onde 10,3% das pessoas com mais de 10 anos não sabem ler ou escrever, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pela pesquisa.

Entre os maiores de 25 anos, as taxas de analfabetismo são ainda mais altas: chega a 26,8% no Nordeste e 15% no Norte.

O índice da região sul historicamente é o melhor: 5,2% de analfabetos.


Taxa de analfabetismo de adultos persiste: 26,8% entre maiores de 25 no Nordeste
Com exceção do Centro-Oeste, onde a taxa de analfabetismo foi de 7,4% para homens e mulheres, em todas as regiões há mais homens do que mulheres analfabetas. Na média nacional, a taxa é de 9,9% para eles e de 9,3% para elas.

O IBGE considera alfabetizada a pessoa que declara saber ler e escrever pequenos bilhetes.

Analfabetos funcionais
A Pnad 2006 também apontou que 23,6% dos brasileiros são analfabetos funcionais - alfabetizadas, mas incapazes de compreender os textos que lêem, o que as impede também de aprender sozinhas.

O IBGE considera analfabeto funcional as pessoas maiores de dez anos que não completaram quatro anos de estudos, isto é, não têm nem sequer o ensino fundamental completo.

Em relação aos anos de estudo, o número de 2006 é 3% melhor do que no ano anterior: 6,9 anos, para os maiores acima de dez anos. A região Sudeste encabeça a lista, com 7,5 anos, e a região Nordeste, mais uma vez, ficou no fim da fila: apenas 5,6 anos.

As pessoas com mais anos de estudo foram mais beneficiadas com a criação de empregos entre 2005 e 2006, de acordo com a pesquisa

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