O deputado federal Paulo Rubem Santiago ( PDT-PE ) ficou sabendo nesta sexta-feira, em Recife, que o PT entrou com processo no TSE pedindo a cassação do mandato e a realização da posse do seu suplente.
Fundador do Partido dos Tralhadores, ex-integrante do Diretório Nacional do Partido em dois mandatos, membro da Coordenação Nacional de Assuntos Educacionais do PT por 12 anos, Paulo Rubem tem dezesseis anos de mandatos parlamentares ( desde Vereador entre 1991 e 1994, Deputado Estadual, entre 1995 e 2002 e hoje no segundo mandato de deputado federal, todos exercidos pelo PT até recentemente. Em 1990 foi candidato a Governador de Pernambuco pelo PT.
Durante o primeiro mandato do presidente Lula o deputado federal Paulo Rubem (PDT-PE) foi o Coordenador do Bloco de Esquerda do PT, em que se destacaram diversos parlamentares que não concordavam com a postura ética adotada pela Direção Partidária nos casos de corrupção denunciados envolvendo parlamentares e dirigentes do próprio partido.
O Bloco também expressou divergências com a condução da política macroeconômica e alguns de seus integrantes foram punidos pela direção partidária quando da votação da reforma da previdência e do reajuste do salário mínimo.
Paulo Rubem não só assinou a proposta de criação da CPI dos Correios, como defendeu a tese em plenário, foi um dos Rertores da CPI das Ambulâncias, criou a Frente Parlamentar de Combate à Corrupção em janeiro de 2004, com o Deputado Federal Antônio Carlos Biscaia, hoje Secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.
Paulo Rubem e os integrantes do Bloco assinaram e publicaram documentos encaminhados ao presidente LULA, ao então presidente em exercício do PT, Tarso Genro, bem como ao próprio Deputado Ricardo Berzoini, expressando as divergências programáticas e ideológicas frente à conduta da direção partidária em diversos episódios, sobretudo no caso conhecido como " Mensalão " e no episódio da tentativa de compra do "dossiê " sobre a negociações do Sr. Luis Antônio Vedoin, depoente na CPI das Ambulâncias.
Na carta encaminhada ao Presidente LULA em 15 de junho de 2005, Paulo Rubem e outros parlamentares apontavam que, sobre as medidas tomadas para investigar as primeiras denúncias de corrupção no Governo Lula:
- "se mostram insuficientes diante da crise e de sua repercussão na opinião pública, sendo necessárias, portanto, outras iniciativas" e propondo
- "é necessário compor uma nova base parlamentar de apoio, alterando os padrões de articulação política e propondo um programa de amplas transformações sociais, sob cujas bases deve se assentar nossa política de alianças; romper com os constrangimentos à retomada de investimentos; aprovar e ampliar uma reforma política que não só elimine de uma vez por todas o financiamento privado de campanha, mas também institucionalize os mecanismos de democracia previstos em nossa Constituição".
Paulo Rubem é autor de uma PEC que muda o instituto da imunidade parlamentar. Caso vigisse hoje a Constituição com esse novo formato, vários parlamentares do PT, hoje denunciados e já como réus no caso do Mensalão no STF estariam respondendo a processos na la. instância do Poder Judiciário.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
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