terça-feira, 7 de outubro de 2008
Movimento de Mulheres mostra sua força de mobilização na II Plenária de Mulheres da Zona da Mata
Do site do SOS CORPO
(www.soscorpo.org.br)
Mais de mil mulheres da região da Zona da Mata estiveram reunidas na II Plenária de Mulheres da Zona da Mata, no último dia 30 de setembro, em Goiana - Pernambuco. Depois de refletir e debater sobre os problemas que as mulheres vivem em seus 27 municípios, o movimento de mulheres mostrou autonomia e liderança.
Para a assessora da Diretoria de Políticas para Mulheres da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Lúcia Lira, a plenária surpreendeu com o número de participantes. “A plenária foi ótima. Contamos com mais de mil mulheres.
Nós aprovamos as moções, e fizemos mais, com a aprovação da moção contra às Fundações de Direito Privado e em defesa do SUS. Além disso, as rodas de conversas resultaram à aprovação de ações coletivas. Acredito que o movimento de mulheres saiu desta Plenária mais fortalecido”.
As Plenárias da Zona da Mata acontecem a cada dois anos, e possuem diferenças a cada ano. De acordo com a educadora do SOS Corpo e secretária executiva da Articulação de Mulheres Brasileiras, Silvia Camurça, houve dois diferenciais importantes desta Plenária para a primeira que aconteceu em 2006.
“Um diferencial foi a maior articulação do movimento de mulheres da Zona da Mata e o movimento de mulheres de Pernambuco. O Fórum de Mulheres de Pernambuco levou dois ônibus, de outras regiões, companheiras do Agreste. Uma Plenária que era da Zona da Mata mais que contou com o apoio e a participação de outros setores, isso é reflexo da interiorização do Fórum de Mulheres de Pernambuco.” Um outro diferencial é que o tema preparatório não somente os problemas vividos pelas mulheres, mas o aprofundamento sobre o que explica esses problemas.
“Essa II Plenária trabalhou sobre a dominação e da exploração das mulheres,e a primeira não, teve um diagnóstico, uma avaliação geral da problemática das mulheres, mas não aprofundou uma discussão sobre o patriarcado e as relações de gênero que essa fez.”, completou.
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