Por Paulo Rubem
Vejam essa notícia publicada hoje no jornal VALOR, do qual somos assinantes.
Será que as "autoridades monetárias" da Suécia ficaram loucas ? Cortar os juros em 2,25% em dois meses ?
É, pois pensando essa decisão com a "cabeça" do BC brasileiro e dos que integram o Conselho de Política Monetária, o COPOM, se o que diz a matéria ocorreu mesmo,os suecos devem estar "errados".
Com essa queda dos juros a inflação sueca certamente vai voltar a subir e eles perderão a chance de ter um " crescimento sustentado", como sempre afirma, do alto de sua sabedoria, o Sr. Meirelles, do BC brasileiro.
Veja o que nos informa, também, a matéria:
- A meta de inflação na Suécia é de 2% para 2009.
Nas fotos, a cidade de Estocolmo, capital da Suécia, a bandeira do País e o Sr. Meirelles, Presidente-Ministro do Banco Central do Brasil.
ps 1 : Para uma melhor compreensão do papel dos bancos centrais e sobre a questão da "autonomia" dos BCs frente às decisões de cada governo na economia, sugerimos a leitura de " Banco Central, Autoridade Política e Democratização: Um Equilíbrio Delicado", de Lourdes Sola, Lawrence Whitehead e Eduardo Kugelmas, da Editora Fundação Getúlio Vargas, 2002, Rio de Janeiro.
ps 2: Loucos, os Suecos ?
Ou será o contrário ?
Vai ver que os suecos estão certos e aqui é que nossas "autoridades monetárias" estão enlouquecidas, atreladas ao monetarismo mais radical, fazendo de conta que não sabem que, quanto mais altos são os juros, maior a dívida pública, com mais dinheiro saindo dessa arrecadação para os que vivem da aplicação de suas riquezas nos títulos do tesouro nacional.
Lembremo-nos que o tesouro não é ente autônomo. É o poço para onde vão os impostos e contribuições federais pagos pela sociedade, e também as dívidas de estados e municípios pagas ao governo federal.
De quebra, pra arejar o juízo, repetimos nesse texto a fala posta no Blog, meses atrás, do Economista Paulo Nogueira Batista Jr.
Vejam só :
-Os juros mais altos elevam o custo da dívida interna e desajustam as contas governamentais. Concentram a renda, pois beneficiam a minoria de privilegiados (brasileiros e estrangeiros) que são credores diretos e indiretos do governo." Artigo publicado em "DINHEIRO", na Folha de São Paulo, 24 de abril de 2008
Tá bom, né. Segue então a matéria do VALOR.
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BC da Suécia define corte de 1,75 ponto na taxa de juro, para 2%
Valor Online
04/12/2008 07:58
SÃO PAULO - O banco central da Suécia, o Riksbank, resolveu reduzir a taxa de juro em 1,75 ponto percentual, para 2%. A iniciativa, explicou a autoridade monetária, pretende atenuar a queda na produção e emprego causada pela crise financeira global.
A decisão veio duas semanas antes do esperado e seguiu um corte de 0,5 ponto no mês passado. Na verdade, o encontro do BC sueco estava agendado para 16 de dezembro, mas foi antecipado para esta semana.
O Riksbank mencionou uma "deterioração clara e rápida na atividade econômica desde outubro" e notou que a inflação deve arrefecer rapidamente no próximo ano e ficar abaixo da meta oficial de 2%.
A expectativa do banco é que a taxa de juro permaneça no nível de 2% em 2009.
Ainda hoje, o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu (BCE) comunicam suas definições sobre o custo do dinheiro.
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