terça-feira, 25 de novembro de 2008

Com Márcio Pochmann e partidos do bloco de esquerda, participamos de debate sobre a crise financeira atual




















Na foto, o começo dos trabalhos, antes de nossa indicação à Mesa, pela liderança do PDT.

Por Paulo Rubem

Foi realizado nesta tarde-noite de terça-feira em Brasília, no Plenário 4 da Câmara dos Deputados um debate sobre a Crise Financeira Atual.

O expositor principal foi o economista Márcio Pochmann, atual presidente do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( www.ipea.gov.br ). Como debatedores expuseram o Deputado Federal Ciro Gomes ( PSB-CE), o Presidente Nacional do PC do B, Renato Rabelo e eu, indicado que fui pela liderança do PDT.

Márcio Pochmann apresentou vários indicadores de produção, renda, investimento e trocas internacionais com suas respectivas alterações provocadas pelo atual crise.

Ciro Gomes detalhou algumas dessas variáveis, sobretudo os aspectos cambiais e as alterações no balanço de pagamentos já em curso, promovidas essas alterações pela fuga de capitais e pela remessa acelerada de lucro das empresas transnacionais.

Renato Rabelo, do PC do B, destacou a necessidade de se criarem alternativas que possam construir a superação dessa crise priorizando-se a participação do trabalho na renda nacional e o emprego.

Em nossa exposição ressaltamos a importância da realização do debate sobre as relações da economia com a democracia, sorbetudo na esfera das decisões macroeconomicas, tamanha a interferência do pensamento único neoliberal edos interesses dos investidores do mercado na formação da opinião pública.

Recuperamos os estudos publicados por diversos economistas, como João Sicsu, Ricardo Carneiro e Luis Gonzaga Belluzzo, além de registrarmos o esforçod e muitos deputados do PT que, desde 2003, já salientavam a necessidade do debate para serem construídas outras opções nas áreas de política fiscal, monetária, cambial e de crédito.

Destacamos, em particular, a disparidade de gastos públicos com juros, com a saúde, a educação e os investimentos de 2000 a 2007, já registrados aqui nesse Blog e que foram publicados recentemente pelo Ipea, através do Comunicado 14 da Presidência do Instituto.

Propusemos a construção de uma agenda para 2009 que enfatize o debate e a busca de alternativas populares, que fortalecçam a geração de emprego, da renda e dos investimentos sociais. O debate deverá se debruçar nas áreas fiscal/tributária, monetária, do câmbio e do desenvolvimento regional. Na abertura de nossa fala propusemos que a sessão servisse de homenagem a Celso Furtado e ao Geógrafo Milton Santos, por suas obras em defesa do desenvolvimento e da soberania nacional.

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