A Assembléia Legislativa de Pernambuco realiza, às 10h, desta sexta-feira, ato em defesa do mandato do deputado federal Paulo Rubem. A iniciativa foi do presidente do PDT de Pernambuco, José Queiroz. É esperada a presença de representantes da oposição e da situação ao Governo do Estado na atividade, que deve também contar com a presença de petistas que discordam da Executiva Nacional, que entrou com processo pedindo a cassação do mandato do pernambucano após sua saída do PT.
Paulo Rubem foi fundador do PT, participou ao lado de Paulo Freire e Chico Mendes da primeira Direção Nacional do Partido e teve participação fundamental no crescimento petista em Pernambuco. Em 1990, ao lado de Lula, que se recuperava da primeira derrota sofrida para Fernando Collor, ele foi como candidato a governador um dos maiores responsáveis pela eleição dos primeiros deputados do partido em Pernambuco: Humberto Costa e João Paulo.
Exerceu mandatos de vereador, duas vezes de deputado estadual e está em sua segunda legislatura na Câmara dos Deputados. Em Brasília, se destacou como um dos líderes do Bloco de Esquerda do PT, que tentou convencer a Executiva do Partido a investigar e punir os responsáveis pela Crise do Mensalão, e na presidência da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção. O grupo foi criado por ele e pelo deputado petista Antônio Carlos Biscaia (RJ).
Em março de 2007, Paulo Rubem foi indicado pelo seu ex-partido para a relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Depois de solicitar, no Tribunal de Contas da União, os processos relativos à Infraero o parlamentar foi indevidamente destituído do cargo pelo então líder do PT na Câmara, Luiz Sergio (PT-RJ). Mais uma vez, ficava caracterizado a perseguição dentro do partido, que o governador Eduardo Campos (PSB) lembrou (em seu testemunho no TSE) havia começado anos antes.
"Acho que a razão principal da saída (de Paulo Rubem) foram as divergências que se acumularam com o tempo. Por ter sido colega dele entre 2003 e 2006, pude acompanhar as dificuldades que ele teve ao longo dos últimos anos no PT", disse o governador. Ele fez questão de lembrar também que, em 2004, a candidatura do ex-petista a prefeito de Jaboatão não contou com apoio das mais importantes lideranças do partido, ao contrário de outros candidatos em cidades próximas.
Os advogados de Paulo Rubem também incluíram na defesa de Paulo Rubem o fato de que o Diretório Estadual admitiu a filiação de 400 pessoas, realizada por um assessor do deputado estadual André Campos, que pagou no ato o valor das inscrições. As fichas haviam sido impugnadas pelo Diretório de Jaboatão, pois a filiação em massa é proibida pelo Estatuto do Partido dos Trabalhadores.
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