MANIFESTO reuniu aliados do PDT e movimento socialPAULO MARINHO - FOLHA DE PERNAMBUCO
Ontem, no plenário (lotado) da Assembléia Legislativa (Alepe), o ato em defesa do mandato “popular” do deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT) inspirou críticas ao pedido do cargo dele pela executiva nacional do PT e, principalmente, às mudanças programáticas dos petistas. “Querer resolver na esfera de um Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma divergência política profunda é uma manifestação de oportunismo e autoritarismo. Não é um mandato que possa ser julgado por um ato frio de uma norma, de uma resolução”, desabafou Santiago, que responde a processo por infidelidade partidária.
Para ele, as mudanças no programa de Governo do seu ex-partido se estendem até o presidente Lula (PT). “Alguém que votou em Lula em sã consciência achava que ele iria nomear um tucano para o Banco Central? Que iria deixar a política macroeconômica ser a mesma política de Fernando Henrique? Só falta arrancar o coração do País para pagar a dívida pública”, salientou. Emocionado, ele chegou a ficar com a voz embargada ao agradecer aos apoios de aliados e familiares.
No Tribunal, porém, a situação não é das melhores. A Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) deu parecer favorável a sua cassação. Faixas fixadas por todo o plenário diziam que o cargo do deputado “pertence a Pernambuco”. Na próxima quinta-feira haverá o julgamento, mas os ministros do TSE ainda podem pedir vista do processo. O registro do evento, avisa Paulo Rubem, deverá ser anexado a sua defesa.
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