sábado, 26 de abril de 2008

QUEM GANHA COM A DÍVIDA PÚBLICA ?




















Para responder ao que perguntamos no título da matéria selecionamos três contribuições.

A primeira foi colhida na internet, do Jornal "Diário Popular", do RS.

A segunda, é parte da NOTA TÉCNICA do DIEESE, de abril de 2006,onde são anotados 10 pontos para esclarecer o que é a dívida pública ( acessar em www.dieese.org.br/notatecnica ).

A terceira é a matéria do "VALOR" (On-Line), edição eletrônica do jornal VALOR ECONÔMICO,de 24 de abril.

Boa leitura e boas reflexões.

Quem ganha com a dívida pública ?

("Os que vivem de renda e os bancos, que compram os papéis do Governo. Poucos, mas com muito poder".)

1. Quem compra dinheiro e, ao mesmo tempo, dá a melhor garantia é o Governo Federal através de seus títulos. Paralelamente os bancos privados estão oferecendo todo o tipo de papel com taxas atrativas para os mesmos investidores privados. Por isso, um Governo endividado fica nas mãos do mercado. Para ficar com o dinheiro, além da segurança dos papéis, o Governo oferece as melhores taxas do mundo. Quem perde todos sabem: a maioria absoluta da população. E quem ganha? Os que vivem de renda e os bancos, que compram os papéis do Governo. Poucos, mas com muito poder.

( DIÁRIO POPULAR, Pelotas-RS, Via Internet )

2. Nota Técnica – Dívida Pública (DIESSE)

1. O que é dívida pública?

Dívida pública é a dívida contraída pelo governo com entidades ou pessoas da
• financiar parte de seus gastos que não são cobertos com a arrecadação de
impostos; ou
• alcançar alguns objetivos de gestão econômica, tais como controlar o nível
de atividade, o crédito e o consumo ou, ainda, para captar dólares no exterior

A dívida pública se subdivide em dívida interna e dívida externa. Os principais
credores do setor público são, normalmente, bancos públicos e privados que operam no
país, investidores privados, instituições financeiras internacionais e governos de outros países.

O governo tem três formas de financiar seus gastos: arrecadar impostos, emitir
moeda ou vender títulos (papéis) da dívida pública com promessa de resgate futuro
acrescido de juros. Muitos governos se utilizam, ainda, do expediente de atrasar o
pagamento de dívidas com fornecedores e de negociar seu pagamento com deságio
(desconto sobre o valor da dívida).

A emissão de moeda é uma forma utilizada freqüentemente pelos governos para
financiar parte de seus gastos. Mas deve ser usada com cautela, uma vez que pode se
transformar em inflação, caso a economia esteja operando próxima ao pleno emprego
dos fatores de produção e se essa emissão de moeda não guardar alguma relação com o
crescimento da oferta de bens e serviços (por meio de utilização de capacidade ociosa,novos investimentos, importação).

3.Dívida pública federal interna e externa sobe 0,81% em março, informa Tesouro

BRASÍLIA - A Dívida Pública Federal (DPF) registrou alta de 0,81% em março, para R$ 1,356 trilhão. Em fevereiro, o estoque do endividamento estava em R$ 1,345 trilhão, segundo o Tesouro Nacional. A DPF representa a soma do endividamento público interno e externo, em reais.

Essa alta se deveu ao comportamento da dívida interna federal em títulos, que aumentou 0,63% em março, para R$ 1,250 trilhão, e também à dívida externa, que subiu 2,94% sobre fevereiro, passando de R$ 103,21 bilhões, para R$ 106,25 bilhões (US$ 60,7 bilhões) em março.

Segundo o Tesouro, o principal fator para o aumento da dívida pública federal externa se deve à desvalorização frente às demais moedas que compõem o endividamento.

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