quinta-feira, 5 de março de 2009

O MUNDO QUE O NEOLIBERALISMO CRIOU



Do site www.ceplanconsult.com.br

“... quem brincava de princesa / acostumou na fantasia” CHICO BUARQUE

Leonardo Guimarães Neto


Estamos assistindo às ruínas do neoliberalismo que teve seu começo no final dos anos 70 e seu efetivo acesso ao poder no final dessa década e início dos anos 80, com a vitória dos conservadores nas disputas eleitorais em duas economias situadas entre as mais importantes do mundo. Em 1979 Margareth Thatcher, na Inglaterra e em 1980 Ronald Reagan, nos Estados Unidos chegam ao poder e dão início a medidas concebidas há anos por Ludwig Von Mises, Friederich Hayek, Milton Friedman e diversos vencedores de prêmios Nobel de economia. A ascensão da proposta baseada nas idéias desses economistas e políticos, nesses dois países importantes e poderosos, resultou na disseminação em todos os continentes do neoliberalismo e suas bandeiras. No Brasil sua estréia ocorre em 1990 com a posse de Collor de Mello e tem continuidade e auge nas duas administrações de Fernando Henrique, como desdobramento do Plano Real. Mais recentemente, os resquícios do neoliberalismo concentraram-se no Banco Central, do governo Lula.

O ideário neoliberal preconiza a auto-regulação do mercado, entendida como a forma mais racional no funcionamento da economia, capaz de otimizar a alocação de recursos e fatores na sociedade, conduzindo-a ao crescimento econômico e ao bem-estar social. Daí decorre, segundo os neoliberais, a necessidade de desregulamentação dos mercados em todas as suas dimensões (o de bens e serviços, o financeiro, o mercado de trabalho) e o objetivo de construção do Estado mínimo, que deveria ficar longe das decisões econômicas fundamentais, voltado apenas para atividades para as quais o mercado não tivesse nenhum interesse, e, ademais, tendo como papel fundamental aplainar o terreno para que o mercado atue sem constrangimento.


A combinação da prática desse ideário com o processo de globalização, comandado pelo sistema financeiro, deu lugar a um intenso processo de especulação do qual resultou a hipertrofia das finanças, além da maior fragilidade dos Estados nacionais e das instituições de regulação financeiras. Some-se a isto as “inovações” que transformaram o sistema financeiro num grande e poderoso cassino.

( Acesse o artigo na íntegra através do site www.ceplanconsult.com.br, indo em publicações e "opinião econômica" )

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