segunda-feira, 30 de março de 2009

UNAFISCO-Pernambuco convida mandato para debate sobre a conjuntura econômica


Por Paulo Rubem

Hoje pela manhã, como havíamos anunciado no blog ontem à noite, participamos das 9:30às 11:45, de Mesa de Debates promovida pela UNAFISCO-Pernambuco, entidade que congrega os Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, regional do nosso estado.

Com a presença de aposentados e representantes da categoria de outros estados do Nordeste iniciamos o evento com uma retrospectiva das políticas desenvolvidas desde o primeiro mandato de FHC, no auge do período que ficou conhecido em nosso país como a era da globalização e do estado mínimo.

Analisamos dados oficiais das receitas e dos gastos públicos, especialmente no campo da seguridade social, destacamos aspectos adotados nas políticas fiscal e monetária desde 1999( como por exemplo a adoção do superávit primário e a prevalência das altas taxas de juros para manter a inflação no centro da meta), observamos ainda de que forma a política cambial de liberalização total do fluxo de capitais expôs o país e em quanto importou no aumento da dívida pública o custo das intervenções do BC no câmbio para a aquisição de moeda estrangeira visando a formação das reservas cambiais de quase US$ 200 bilhões até antes da crise atual chegar aqui.

Na atual conjuntura defendemos a manutenção das conquistas sociais e salariais de setores da sociedade e servidores públicos, a redução intensiva das taxas de juros, a redução da meta do superávit primário e a renegociação da dívida pública.

Entre 1994 e 2009 os grandes capitalistas que operaram na esfera financeira ganharam rios, oceanos de dinheiro com a dívida pública. Agora, para saírmos da crise na direção do investimento, da busca do pleno emprego e da igualdade é preciso interromper esse ciclo de ganhos rentistas e, renegociando a dívida com juros mais baixos, transferir para a maioria da sociedade os frutos da arrecadação do tesouro nacional, em investimentos, políticas sociais e aperfeiçoamento da máquina pública.

Nas imagens, o registro de nosso debate hoje com a UNAFISCO-Pernambuco.

Para reforço de nossos argumentos citamos diversos estudos realizados por autores conhecidos como João Sicsu(UFRJ-IPEA), Denise Gentil ( UFRJ-IPEA), Márcio Pochmann(Unicamp-IPEA), Fernando Ferrari ( UFRGS), Francisco Lopreatto(UNICAMP) entre outros, com dados oficiais da Secretaria do Tesouro Nacional e do Banco Central.

Alguns dos números que revelam a disparidade de gastos públicos entre investimentos, custeio e dívida pública já foram comentados aqui no Blog anteriormente, sobretudo aqueles contidos na CARTA DE CONJUNTURA DO IPEA, do mês de março agora, que pdoe ser encontrada em www.ipea.gov.br .

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