terça-feira, 24 de junho de 2008

PLANEJAMENTO DECIDE CORTAR R$ 14,2 BILHÕES DO ORÇAMENTO DE 2008. Para quê ?














Ministro Paulo Bernardo


Do site do UOL

24/06/2008 - 11h35

Paulo Bernardo apresenta proposta de corte adicional de R$ 14,2 bilhões do orçamento

BRASÍLIA - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, apresenta hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta de corte de mais R$ 14,2 bilhões do Orçamento Geral da União deste ano. O contingenciamento adicional será necessário para que o governo consiga cumprir a nova meta de superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), ampliada de 3,8% para 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

A distribuição dos cortes, segundo o Ministério do Planejamento, foi definida em conjunto com a Casa Civil e o Ministério da Fazenda. A proposta, no entanto, não apenas bloqueia recursos, mas também prevê o remanejamento de verbas para o reajuste do Bolsa Família e a liberação de emendas parlamentares.

No encontro com Lula, Paulo Bernardo apresentará cenários projetados pela equipe econômica para que essas despesas possam ser aumentadas sem comprometer as contas públicas. Com base nos números, o presidente tomará uma decisão.

Com a ampliação dos cortes, o total de verbas bloqueadas no orçamento deste ano subirá para R$ 29,05 bilhões. Em abril, o governo havia contingenciado R$ 19,4 bilhões do orçamento. Um mês mais tarde, no entanto, R$ 4,55 bilhões foram desbloqueados, dos quais R$ 2,8 bilhões foram liberados para a Presidência da República e 13 ministérios e o restante foi destinado às reservas da União.

No final de maio, o governo decidiu elevar a meta de superávit primário em 0,5 ponto percentual do PIB. Esse dinheiro deverá ser destinado ao Fundo Soberano do Brasil e funcionará como uma poupança para conter a inflação e ser aplicada na economia em momentos de crise.

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Comentário do Blog

Na verdade, não é bem isso o que se propõe para o FUNDO SOBERANO.
Estima-se que tais receitas servirão para financiar o aumento da competitividade das exportações, já que os números mais recentes apontam um cenário de elevado déficit na balança comercial para 2009, com um déficit já registrado de janeiro a maio deste ano da ordem de US$ 3,5 bilhões de dólares.

É dose !!

Impõe-se ao País uma elevada carga tributária regressiva e indireta. Daí faz-se a receita gerar superávits de 4,3 % do PIB. Após se fazer essa economia os primeiros gastos são com juros e amortizações da dívida pública, para atender à ditadura do mercado financeiro.

De resto, com os altos juros usados no combate à inflação os dólares de todo o mundo correm para cá, atraídos por essas vantagens. Mais dólares no mercado, o real se fortalece. Fortalecido o real facilitam-se as importações, gerando-se progressivo déficit na balança comercial.

Além disso, para retirar dólares do mercado o Banco Central os compra e em seguida vende títulos para tirar de circulação os reais pagos por esses dólares. Com a venda desses títulos se eleva a dívida pública, seus juros e parcelas, pois os mesmos são de curto prazo.

Quem ganha e quem perde com isso tudo, afinal e no final das contas ?


Vocês sabem !!

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