quinta-feira, 19 de junho de 2008
A Política monetária e estreitamento das bases de financiamento do gasto social
O Blog compartilha trecho do excelente trabalho de EDUARDO FAGNANI, encontrado no texto para discussão No. 140, do Instituto de Economia da UNICAMP, de fevereiro de 2008, intitulado "PREVIDÊNCIA SOCIAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO".
Caso haja interesse de sua parte em obter o texto por inteiro, envie e-mail para dep.paulorubemsantiago@camara.gov.br e redija " ENVIAR TEXTO DE EDUARDO FAGNANI " no título da mensagem, ou acesse www.unicamp.edu.br e vá ao Instituto de Economia, acessando os textos para discussão.
Boa leitura, boas reflexões.
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"A Política monetária e estreitamento das bases de financiamento do gasto social"
Além da estagnação da economia, o estreitamento das bases de financiamento
da política social brasileira também foi decorrente das opções de política
macroeconômica adotadas especialmente entre 1994 e 2002 – e continuadas entre 2003
e 2006.
Como se sabe, durante todo esse período prevaleceu a política monetária ancorada em juros elevados. Em 2006, mesmo com os cortes efetuados ao longo do ano, a taxa de juros real no Brasil (9,8%) permanecia disparada na liderança mundial.
Exceto no caso da Turquia (7,1%), para os demais países esse patamar era inferior a
3,1% (Além, 2007).
A manutenção de taxas de juros elevadas acarretou um brutal endividamento
público interno: entre 1994 e 2002, a relação dívida líquida/PIB passou de 30% para
60%. Dobrou em apenas oito anos, sobretudo pelo impacto das taxas de juros sobre o
estoque da dívida. Nesse período, mesmo com a venda de mais de R$ 100 bilhões de
ativos, o estoque da dívida líquida do setor público cresceu mais de oito vezes,
atingindo cerca de R$ 880 bilhões em 2002.
Embora descendente entre 2003 e 2006(quando a relação dívida líquida/PIB caiu para cerca de 50% do PIB), o estoque da dívida continuou a crescer (de cerca de R$ 880 bilhões para R$ 1,1 trilhão).
Despesas financeiras e estreitamento dos gastos sociais
O crescente endividamento implicou, a partir de 1999, na necessidade de
elevar a carga tributária e aprofundar o ajuste fiscal obtido mediante superávits
primários (4,2% do Pib nos últimos anos).
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